quinta-feira, 6 de novembro de 2008

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DO VOLUNTARIADO

Declaração Universal do Voluntariado

(Amesterdão, Janeiro de 2001)

O Voluntariado é um pilar fundamental da sociedade civil. Desperta as mais nobres aspirações da humanidade – a procura da paz, da liberdade, das oportunidades, da segurança e da justiça para todos os povos.

Na era da globalização e das mudanças permanentes, o mundo está a tornar-se mais pequeno, mais interdependente e mais complexo. O voluntariado exercido individualmente ou através de actividade em grupo, é uma forma de:

  • Os Valores humanos da comunidade, o desvelo e o sentido de serviço poderem ser mantidos e reforçados;
  • Os indivíduos poderem exercer os seus direitos e responsabilidades como membros de comunidades, aprendendo e crescendo pela vida fora, realizando todo o seu potencial humano;
  • Estabelecer pontes através das diferenças que nos separam de forma a que possamos viver em comunidades saudáveis e uniformes, trabalhando em conjunto no sentido de procurar soluções inovadoras para os desafios que nos são comuns e a moldar os nossos destinos colectivos.
  • No início do novo milénio, o voluntariado é um elemento essencial de todas as sociedades. Ele põe em prática efectiva a Declaração das Nações Unidas segundo a qual “Nós, seres humanos” temos o poder de mudar o mundo.
  • A Declaração garante o direito de cada mulher, homem ou criança se associarem livremente e a tornarem-se voluntários, independentemente da sua origem cultural e étnica, religião idade, sexo, e condição económica, física ou social. Todos os povos do mundo deviam ter o direito de oferecer livremente aos outros e às suas comunidades o seu tempo, talento e energia, através de acções individuais ou colectivas e sem esperar qualquer compensação monetária. Buscamos um tipo de voluntários que:

    • Envolva toda a comunidade na identificação e resolução de problemas;
    • Dê voz a todos os que não a têm;
    • Permita que outros participem como voluntários;
    • Complemente mas não substitua a acção responsável por parte de outros sectores e os esforços dos trabalhadores remunerados;
    • Permita que todos possam adquirir novos conhecimentos e aptidões de forma a desenvolverem o seu potencial próprio, autoconfiança e criatividade;
    • Promova a solidariedade, na família, na comunidade, a nível nacional e global.
    • Acreditamos que os voluntários bem como as organizações e as comunidades que eles servem partilham a responsabilidade de:
    • Criar ambientes em que os voluntários desempenhem um trabalho significativo que ajude a atingir resultados pré estabelecidos:
    • Defina os critérios para a participação do voluntário, incluindo as condições em que a organização e o voluntário poderão pôr termo ao seu comprometimento, e desenvolver políticas orientadoras da actividade voluntária;
    • Garanta aos voluntários e àqueles que eles servem, protecção eficaz contra riscos;
    • Proporcione aos voluntários formação adequada, avaliação regular e reconhecimento;
    • Garanta o acosso a todos, removendo todo o tipo de barreiras que impeçam a participação, sejam de natureza física, económica, cultural ou social.
Tomando em consideração os direitos humanos básicos expressos na Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas, os princípios do voluntariado e as responsabilidades dos voluntários e das organizações em que eles estão envolvidos, apelamos a que:

Todos os voluntários proclamem a sua fé na actividade voluntária como uma força criativa e mediadora que:

Crie comunidades saudáveis e uniformes respeitadoras da dignidade de todos os povos;

Permita que as pessoas exerçam os seus direitos como seres humanos e assim aperfeiçoem as suas vidas;

Ajude a resolver os problemas sociais, culturais, económicos e ambientais; e,

Construa uma sociedade mais humana e mais justa através da cooperação a nível mundial.

Os Leaders de

Todos os sectores se unam no sentido de criarem, a nível local e nacional, “centros de voluntários” fortes, eficientes e com visibilidade, que estejam na primeira linha das organizações de voluntariado;

Governos garantam o direito que a todos assiste de se tomarem voluntários, levantem as barreiras legais à participação, incluam os voluntários nas suas acções, e proporcionem às ONGS os recursos necessários a uma eficaz mobilização e gestão de voluntários:

Empresas estimulem e facilitem o envolvimento dos seus trabalhadores na comunidade como voluntários, e dispensem recursos humanos e financeiros capazes de desenvolverem as infra-estruturas necessárias ao apoio ao voluntariado;

Meios de comunicação social divulguem histórias de voluntários e informação que encoraje e ajude outros a tornarem-se voluntários;

Escolas encorajem e ajudem pessoas de todas as idades a tornarem-se voluntárias, criando oportunidades para que elas reflictam e aprendam com o seu serviço;

Confissões Religiosas encarem o voluntariado como uma resposta apropriada ao chamamento espiritual de todos ao voluntariado;

ONGS criem ambientes organizacionais amistosos para com os voluntários e que disponibilizem os recursos financeiros e humanos necessários a um eficaz comprometimento dos voluntários.

A lnternational Association for Volunteer Effort IAVE desafia os voluntários e os leaders de todos os sectores do mundo inteiro a unirem-se orno parceiros no sentido de promoverem e apoiarem um voluntariado eficaz, acessível a todos, como símbolo de solidariedade entre todos os povos e nações.

O IAVE convida toda a comunidade voluntária a estudar, discutir, sancionar e pôr em prática esta Declaração Universal do Voluntariado.

Nenhum comentário: